INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Aneurisma da Aorta
O que é?
Resumidamente um aneurisma é a dilatação do vaso sanguineo, neste caso o vaso é a aorta - a maior artéria do corpo. Mais comumente a doença atinge a aorta abaixo das arterias renais, porém pode acometer qualquer segmento desde o coração até os vasos da pelve. Homens são mais acometidos que as mulheres (até cinco vezes mais) e normalmente a doença ocorre após os 60 anos de idade.
O que causa?
As causas que levam uma pessoa a desenvolver um aneurisma da aorta são várias. Dentre os fatores de risco encontrados, destacam-se: o fumo, pressão arterial mal controlada e colesterol alto. Justamente os mesmos fatores de risco para doença arteriosclerosa. Existem também outras causas para alguém desenvolver um aneurisma, dentre elas: doenças genéticas, arterites (inflamação das arterias), traumas e infecções.
Pode ser hereditário?
Sim, existe um componente hereditário na doença. Familiares de pessoas que tiveram um aneurisma da aorta têm um maior risco de também desenvolver a doença.
O que pode ocorrer se não diagnosticado?
Se um aneurisma da aorta não for diagnosticado, haverá a aumento progressivo do aneurisma até que ocorra a ruptura, situação de altíssimo risco de vida.
Quais são dos sintomas?
Infelizmente os aneurismas são silenciosos. Normalmente a pessoa não sente qualquer sintoma até que ocorra a ruptura, momento então que o indivíduo é acometido por fortes dores abdominais ou nas costas. Em algumas pessoas mais magras, no entanto, pode-se notar uma massa pulsátil no abdômen.
Como é feito o diagnóstico?
O exame do abdomen feito pelo médico pode gerar a suspeita de um aneurisma da aorta abdominal, embora em pessoas com sobrepeso isso seja muito difícil. Normalmente o diagnóstico é casual, feito durante um exame de rotina do abdômen por ultrassom.
Como é o tratamento?
O tratamento dos aneurismas da aorta é indicado em casos sintomáticos (pacientes com sinais de ruptura) ou pacientes assintomáticos com aneurismas com grandes diâmetros (aceita-se na literatura para aneurismas infra-renais valores acima de 5,0 cm ou 5,5 cm). Existem no entanto pormenores na indicação do tratamento, como formato do aneurisma (sacular ou fusiforme), idade do doente, presença de outras doenças... Essa decisão deve ser feita entre o paciente e o cirurgião vascular que está acompanhando o caso. Além do tratamento conservador, que consiste na observação e controle regular dos aneurismas pequenos, existem para aneurismas maiores duas opções de tratamento: cirurgia “tradicional” ou cirurgia endovascular.
Quais são as diferenças entre os dois tratamentos cirúrgicos?
Novamente existem vários pormenores na decisão de qual tratamento é o ideal para o paciente. Fatores como idade do paciente, presença de doença renal, anatomia do aneurisma e dos vasos da pelve, presença de doença cardiáca ou pulmonar, dentre outros devem ser ponderados na decisão de qual método seria o melhor para cada indivíduo.
Resumidamente um aneurisma é a dilatação do vaso sanguineo, neste caso o vaso é a aorta - a maior artéria do corpo. Mais comumente a doença atinge a aorta abaixo das arterias renais, porém pode acometer qualquer segmento desde o coração até os vasos da pelve. Homens são mais acometidos que as mulheres (até cinco vezes mais) e normalmente a doença ocorre após os 60 anos de idade.
O que causa?
As causas que levam uma pessoa a desenvolver um aneurisma da aorta são várias. Dentre os fatores de risco encontrados, destacam-se: o fumo, pressão arterial mal controlada e colesterol alto. Justamente os mesmos fatores de risco para doença arteriosclerosa. Existem também outras causas para alguém desenvolver um aneurisma, dentre elas: doenças genéticas, arterites (inflamação das arterias), traumas e infecções.
Pode ser hereditário?
Sim, existe um componente hereditário na doença. Familiares de pessoas que tiveram um aneurisma da aorta têm um maior risco de também desenvolver a doença.
O que pode ocorrer se não diagnosticado?
Se um aneurisma da aorta não for diagnosticado, haverá a aumento progressivo do aneurisma até que ocorra a ruptura, situação de altíssimo risco de vida.
Quais são dos sintomas?
Infelizmente os aneurismas são silenciosos. Normalmente a pessoa não sente qualquer sintoma até que ocorra a ruptura, momento então que o indivíduo é acometido por fortes dores abdominais ou nas costas. Em algumas pessoas mais magras, no entanto, pode-se notar uma massa pulsátil no abdômen.
Como é feito o diagnóstico?
O exame do abdomen feito pelo médico pode gerar a suspeita de um aneurisma da aorta abdominal, embora em pessoas com sobrepeso isso seja muito difícil. Normalmente o diagnóstico é casual, feito durante um exame de rotina do abdômen por ultrassom.
Como é o tratamento?
O tratamento dos aneurismas da aorta é indicado em casos sintomáticos (pacientes com sinais de ruptura) ou pacientes assintomáticos com aneurismas com grandes diâmetros (aceita-se na literatura para aneurismas infra-renais valores acima de 5,0 cm ou 5,5 cm). Existem no entanto pormenores na indicação do tratamento, como formato do aneurisma (sacular ou fusiforme), idade do doente, presença de outras doenças... Essa decisão deve ser feita entre o paciente e o cirurgião vascular que está acompanhando o caso. Além do tratamento conservador, que consiste na observação e controle regular dos aneurismas pequenos, existem para aneurismas maiores duas opções de tratamento: cirurgia “tradicional” ou cirurgia endovascular.
Quais são as diferenças entre os dois tratamentos cirúrgicos?
Novamente existem vários pormenores na decisão de qual tratamento é o ideal para o paciente. Fatores como idade do paciente, presença de doença renal, anatomia do aneurisma e dos vasos da pelve, presença de doença cardiáca ou pulmonar, dentre outros devem ser ponderados na decisão de qual método seria o melhor para cada indivíduo.
Atenção:
Aqui consideraremos os aneurismas da aorta infra-renal, por serem os mais comuns. As informações a seguir visam apenas melhor informar o paciente sobre as modalidades de tratamento. Não são verdades absolutas, por não levar em conta as particularidades de cada paciente, como anatomia e comorbidades. Não substitue a avaliação do cirurgião vascular.
CIRURGIA CONVENCIONAL
É o tratamento clássico. Consiste em uma operação com abertura do abdômen, "ressecção" do aneurisma e reconstrução do fluxo sanguíneo para os membros inferiores através da interposição de uma prótese. Esta prótese nada mais é que um "tubo" feito de um tecido especial chamado Dácron que não se degrada (vide foto). É uma solução bastante estável, o paciente pode viver 20 anos ou mais sem problemas com a prótese. O acompanhamento do aneurisma tratado é mais simples, não precisando controles anuais com tomografia ou ultrassom.
A desvantagem do tratamento é que essa é uma cirurgia de grande porte. Necessita-se de uma anestesia geral, embora alguns centros também realizam a correção dos aneurismas infra-renais com anestesia peri-dural com sucesso. Presença de cirurgias abdominais prévias tornam a correção dos aneurismas por via aberta também mais difícil. E obviamente a presença de doença cardíaca ou doença pulmonar grave representa um fator de risco para a cirurgia.
A mortalidade (risco de morte) para o tratamento aberto pode variar entre 4 a 7% nos primeiros 30 dias após a cirurgia, segundo um estudo europeu ( EVAR Trial 1, The Lancet Volume 364, Issue 9437, 4-10 September 2004, Pages 843-848)
CIRURGIA ENDOVASCULAR
A correção endovascular dos aneurismas abdominais consiste na introdução de uma prótese auto expansiva ( composto por um tecido impermeável e por uma malha de metal) pela artéria femoral, através de uma pequena incisão na virilha e liberação da mesma dentro do aneurisma. A parte superior da prótese fica firmemente ancorada num segmento da aorta abaixo das artérias renais que não está doente. Desta forma o sangue é forçado a fluir por dentro da prótese retirando a pressão do saco aneurismático (vide figura).
O grande atrativo desta técnica é a mínima invasividade. O procedimento é realizado em alguns centros até sob anestesia local. Vários artigos da literatura relatam uma mortalidade peri operativa ( risco de morte nos primeiros 30 dias após a cirurgia) menor em comparação a técnica convencional, por exemplo 1.2% para a técnica endovascular vs. 4.8% para técnica aberta, segundo estudo publicado por Schermerhorn (NEJM Volume 358(5), 31 January 2008).
A desvantagem desta técnica está na necessidade de um controle rígido anual, seja por tomografia ou por ultrassom, devido ao risco de deslocamento da prótese ou “vazamentos” (endoleak). Embora esses problemas possam ocorrer não raramente ( de 10% a 16% após o tratamento no primeiro ano -Sheehan J Vasc. Surg 2006), a maioria destes pequenos “vazamento” podem ser apenas observados e quando uma intervenção é necessária, na maioria das vezes é possível a correção ainda por via endovascular.